Sonhos Verdadeiros

domingo, 1 de agosto de 2010

A Pobreza

POBREZA NO BRASIL



A questão da pobreza, em qualquer nação, aparece em diversos ângulos e todas opções não têm dado uma resposta condizente às causas da origem de tal fato; todo o processo de sua formação e como tentar, pelo menos minorar este estado de coisas que deprime e degrada um país que está enquadrado no rol dos países em desenvolvimento e candidato a ser uma das maiores potências econômicas do mundo capitalista. Pelos dados estatísticos observa-se, na realidade, um assustador crescimento, em determinada fase da trajetória temporal compreendida entre 1950 a 1980; contudo, isto não tem acompanhado efetivamente uma diminuição do nível de pobreza que maltrata o país, desde os seus primórdios, quer dizer, o período do descobrimento, da monarquia e das repúblicas à nova república, das mil esperanças dos favelados, dos desempregados, dos aposentados, dos marginais, das prostitutas e dos menores abandonados nos labirintos da vida.
A pobreza é o maior mal (problema) que envolve um país e isto é decorrência direta da situação econômica vigente, ou acumulada ao longo da história de estagnação, de desemprego, de falta de investimentos na economia e, sobretudo, de descontrole das autoridades em fazer um país crescer de maneira harmoniosa e equilibrada. A angústia da pobreza aparece nos momentos de mendicância; com a formação incessante de favelas, onde diuturnamente se vê filhos chorando por comida e não existe nada para comer. Irmãos querendo trabalhar e não há emprego e nem tão pouco, onde se ocupar, para conseguir sanar a sua fome de curto prazo. É essa penúria e muito mais, que circundam a vida de quem não tem trabalho, nem criatividade para poder procurar um meio para conseguir alimentos e um pouquinho de recursos, para sanar sua fome e alguns financiamentos para tentar outras coisas que, os seus braços não conseguem produzir.
São todos esses problemas que circundam os países pobres, ou, como se diz cientificamente, os países periféricos ou terceiro mundistas, tais como a Bolívia, o Uruguai, o Paraguai, o México, o Brasil e muitos outros que convivem com a pobreza extrema, isto para o caso da América Latina; mas, considerando-se também que muitos países europeus também passam por este estado de coisas calamitosas. É insuportável a situação em que vivem os assalariados no Brasil, pois um grande percentual, sobrevive bem abaixo do mínimo delimitado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e isto não diz respeito ao setor industrial privado, única e exclusivamente; mas, os próprios governos estaduais remuneram seu pessoal, numa quantia que varia entre um quanto a meio salário mínimo legal. Como se pode viver com esta dotação orçamentária, se o mínimo estipulado pelo DIEESE é de três vezes o mínimo oficial e não há perspectivas para uma melhora, devido ao estado da economia?
Uma resposta a essa pergunta é difícil de se tem um resultado, ao considerar que viver com um quarto de salário mínimo seria impossível, se no Brasil não houvesse aquele jeitinho de saída das coisas difíceis que se passa no dia-a-dia. Realmente é um milagre que somente no país do carnaval, dos forrós, do futebol e de grandes festividades, é que se conseguem soluções para os inusitados; tipos de vida com salário variando entre um quarto a meio salário mínimo, e com uma família composta por seis a oito dependentes. O mais preocupante nesta história toda, é que, além das aberrações de não se ter condições de sobreviver por ganhar miseravelmente pouco, o processo inflacionário torna a coisa bem pior, onde o pobre assalariado é conduzido ao desespero da instabilidade econômica, é claro que não se sabe cientificamente como isto acontece; mas, sente-se que as coisas vão cada vez mais piorar, por ver que os preços sobem indiscriminadamente.
A variável mais forte que causa a pobreza de um país é a situação econômica e, em especial, no caso brasileiro, onde se verifica que até certo ponto, o país tem crescido, e se tem acompanhado quase o mesmo nível de pobreza nacional. Pesquisas têm demonstrado que a pobreza brasileira diminuiu na década de 1960 a 1970; contudo, observou-se que isto só aconteceu devido à implantação das horas trabalhadas pelo operário envolvido e até mesmo a participação da mulher no mercado de trabalho, isto significa dizer que essa pequena diminuição no nível de pobreza, constatada por alguns pesquisadores, não significa uma diminuição na pobreza; mas, uma maior exploração ao trabalhador com o objetivo da espoliação ser maior. A jornada de trabalho aumentou absurdamente e o exército industrial de reservas foi ampliado, com a participação das mulheres, sujeitando-se a salários de miséria para tentar incrementar o rendimento familiar e diminuir um pouco a pobreza no país.
No Brasil como um todo, observa-se um aumento no nível de pobreza, nas regiões mais periféricas do país, como é o caso do Nordeste, Norte e outras regiões dessa mesma estrutura que não foram beneficiadas pelos investimentos direto injetados na Nação nesses últimos vinte anos. Em verdade, o nível de investimento doméstico foi baixíssimo, ou, inexistente; entretanto, vale salientar que houve algumas aplicações, nem que sejam de reposição do capital empatado durante muitos anos. Com isto, quer-se dizer que a miséria nacional alastrou-se mais intensivamente dentro de alguma classe de renda; ou seja, as faixas de rendas acima de um quarto a meio, e até mesmo o salário mínimo aumentaram assustadoramente, do mesmo modo as classes de renda mais altas do país também se alastraram, cujo esforço da classe pobre brasileira de sair daquele estado de miséria em que vivia, para uma pobreza menos penosa, não atendeu ao esforço nacional; pois, é a mesma pobreza que maltrata a Nação.
Há uma questão importante no que respeita ao surgimento da pobreza; quer dizer, aquela que surgiu no campo, ou na cidade. É um ponto interessante, tendo em vista que alguns cientistas colocam que a pobreza teve origem no campo e que na cidade, decorreu da expulsão do camponês pelos latifundiários aos arrabaldes do meio urbano em busca de uma condição melhor de vida. É com este pensamento que chegam dúvidas, onde realmente teve origem a pobreza rural , ou urbana. O fato é que a humanidade convive com este estado de coisas a muito tempo e até se pode dizer que sua origem remonta dos primórdios da história e caminha por séculos e séculos, maltratando os povos. Comprovadamente, o setor urbano tem constituído uma fuga dos nativos do campo, em busca de melhores dias e muitas vezes encontra uma situação pior e como resultado, tem-se uma pobreza agravante a níveis insuportáveis, como é o caso de se viver nas favelas, desempregado ou subempregado, sem ter condições de sobrevivência.
Para explicar a questão fundamental da pobreza no Brasil, PASTORE, ZYLBERSTAJN E PAGOTTO (1983)[1] evidenciaram que
o problema básico para a pobreza residual no conjunto parece não ter sido o de falta de trabalho mais sim de remuneração adequada do trabalho que realizaram. As famílias pobres se ocupam de todas as maneiras possíveis e em níveis até bastante razoáveis (embora mais baixos do que as demais) mas a renda auferida foi insuficiente para tirá-las da pobreza. Se o grupo é menor, por outro lado, não há como deixar de reconhecer que o problema dessa pobreza residual é mais grave.
Isto confirma as teorias de Lênin, da exploração capitalista e, em especial, do imperialismo internacional, que busca intensificar o trabalho e, na medida do possível, remunerar no mínimo necessário para, desta forma, amplia o mercado de trabalho, e isto fomenta a classe dos miseráveis, que não têm condições de ao menos, manter a reprodução de sua força de trabalho dependente.
É inesgotável a fonte de explicação do nível de pobreza brasileira e até mesmo, a observação de sua existência; pois, são visíveis as características de um estado de pobreza crônico, em um determinado país. Como desfilou nos Estados Unidos por volta de 1929, com a grande depressão que aconteceu naquela época, o mesmo, também é comum num país onde o grau de pobreza também supera as suas perspectivas programadas, chegando nem mesmo à pobreza propriamente dita; mas, a um estado de miséria, sem o mínimo necessário para se ter uma esperança de melhores dias no futuro. Em 1929 o caos foi total nas terras americanas do norte, onde se pode constatar, regulares casos de suicídios, falências comerciais generalizadas, mortes diárias por inanição, corridas aos carros de lixo, para tentar as sobras da classe rica, porque a classe média já não tinha lixo a ser depositado e, finalmente, o avanço da prostituição, roubos, furtos e saques a casas comerciais e residências privadas.
Mas, quais são as causas fundamentais da pobreza no Brasil? Sem muita investigação científica, verifica-se que as fontes principais da pobreza nacional estão principalmente na má distribuição de renda, tendo em vista que o afunilamento na posse da renda nacional é visível e cada vez mais o governo procura meios para que esta situação se agrave profundamente, deixando o país, não num estado de pobreza absoluta, mas numa situação de miséria irreversível. A década de oitenta (80) foi pródiga nestes arrochos salariais que passou a classe trabalhadora do país, pelos decretos impostos pelos governos que tinham um único objetivo, que era o de tornar a classe produtiva mais pobre, em favor da classe improdutiva, quer dizer, os acionistas e banqueiros que segundo a filosofia governamental, era necessário investir mais para sanar a situação da nação, que precisava de investimentos para crescer e sair da crise, onde a verdade, não era totalmente esta.
Com a má distribuição de renda e, ainda mais, a péssima redistribuição dos recursos nacionais, ao invés das coisas tomarem os rumos prometidos pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República, o que aconteceu, na realidade, foi um maior volume no nível de desemprego, um descrédito dos investidores à economia, uma inflação galopante e, sobretudo, uma banca rota no processo educacional brasileiro. Com isto, já se generaliza o estado de pobreza que o Brasil tem passado desde 1964, porque foi este período que marcou a página negra da história nacional, ao considerar que o processo de criatividade parou e foram os militares, sem o mínimo de preparo para exercer tal criatividade, que tentaram colocar a nação na rota dos países desenvolvidos e, aí, se depararam com diversos problemas de difíceis soluções, tais como: a classe de intelectuais foi amordaçada e os poderosos homens de farda não entendiam de política e nem tão pouco de economia.
Em síntese, dizem que o Brasil é um país rico, com muito ouro, diamante e recursos minerais e vegetais que em outras nações não existem. Mas, como se pode ser uma nação rica, com seus filhos paupérrimos? Pois, estes representam a maioria da população deste País. A renda nacional, que por ventura tenha crescido, serviu unicamente para incrementar as contas bancárias de banqueiros domésticos e externos e implementar as atividades de multinacionais que só fazem explorar os consumidores do país, como porta-vozes do capital monopolista internacional e os nativos povos trabalhadores, mão-de-obra desqualificada, só com um assalariamento, cada vez mais aviltante. O Brasil é um país pobre, não vale apenas querer aparecer no cenário internacional como uma potência mundial, se a economia interna não caminha bem, nem tão pouco há perspectiva de um desenvolvimento que leve a nação a ter, um bem-estar condigno com o esforço de seus filhos que tanto lutam para crescerem bem.


A pobreza no mundo e muito alta de mais
A SITUAÇOM DA POBREZA MUNDIAL PIORA, SEGUNDO A ONU

A situaçom nos países mais pobres do mundo está piorando mais do que se imaginava. As próprias instituiçons capitalistas reconhecem esta evidência, e a última a fazê-lo foi em 18 de Junho um relatório da Conferência das Naçons Unidas para Comércio e Desenvolvimento - Unctad.
De acordo com o documento, o número de pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia nos 49 países mais pobres do mundo -principalmente em África- mais do que duplicou nos últimos 30 anos, chegando a 307 milhons, o que equivale a 65% da populaçom. As estimativas som de que este número pode chegar a 420 milhons em 2015.
O relatório que comentamos tem 285 páginas e é considerado o estudo mais completo sobre pobreza já realizado nos 49 países mais pobres do mundo, embora o facto de ser promovido por organismos dependentes dos do Norte capitalista faga pressupor que as cifras reais ham de ser bem mais negativas, umha vez que costumam maquilhar a crua realidade do capitalismo no mundo.
Apesar do crescimento económico apontado polos grandes dados macroecónomicos na Ásia, dous terços da populaçom vivêrom com menos de 2 dólares por dia na segunda metade da década de 90, com umha média de consumo diário de 1,42 dólares.
Nos países mais pobres de África -que inclui 34 dos 49 países mais pobres do mundo- quase nove entre cada 10 pessoas vivem com menos de 2 dólares por dia, em comparaçom com o consumo per capita de 41 dólares por dia nos Estados Unidos.
O Congo é o país que regista os piores índices, com 90,5% da populaçom vivendo com menos de um dólar por dia. Na Ásia, o país em pior situaçom é Mianmar, a antiga Birmánia, onde esta taxa equivale a 52,3%.
A "globalizaçom", que diminui as barreiras internacionais para o comércio e o investimento "está agravando a armadilha da pobreza internacional", segundo reconhece o documento.
A seguir, apresentamos alguns gráficos a partir dos dados das próprias instituiçons capitalistas como o Banco Mundial ou a ONU, que servirám para visualizarmos (seguramente maquilhada) as crescentes desigualdades sociais do mundo actual.






(O mundo ñ pode ser assim mais diga não a pobreza sim a solução)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O Racisno É Burrice



Letra na Musica Racismo É Burrice
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"Racismo, preconceito e discriminação em geral;É uma burrice coletiva sem explicaçãoAfinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de uniãoMas demonstra claramenteInfelizmentePreconceitos milDe naturezas diferentesMostrando que essa genteEssa gente do Brasil é muito burraE não enxerga um palmo à sua frentePorque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais conscienteEliminando da mente todo o preconceitoE não agindo com a burrice estampada no peitoA "elite" que devia dar um bom exemploÉ a primeira a demonstrar esse tipo de sentimentoNum complexo de superioridade infantilOu justificando um sistema de relação servilE o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminaçãoNão tem a união e não vê a solução da questãoQue por incrível que pareça está em nossas mãosSó precisamos de uma reformulação geralUma espécie de lavagem cerebralRacismo é burriceNão seja um imbecilNão seja um ignoranteNão se importe com a origem ou a cor do seu semelhanteO quê que importa se ele é nordestino e você não?O quê que importa se ele é preto e você é brancoAliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiçosSe você discorda, então olhe para trásOlhe a nossa históriaOs nossos ancestraisO Brasil colonial não era igual a PortugalA raiz do meu país era multirracialTinha índio, branco, amarelo, pretoNascemos da mistura, então por que o preconceito?Barrigas cresceramO tempo passouNasceram os brasileiros, cada um com a sua corUns com a pele clara, outros mais escuraMas todos viemos da mesma misturaEntão presta atenção nessa sua babaquicePois como eu já disse racismo é burriceDê a ignorância um ponto final:Faça uma lavagem cerebralRacismo é burriceNegro e nordestino constróem seu chãoTrabalhador da construção civil conhecido como peãoNo Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegaciaÉ revistado e humilhado por um guarda nojentoQue ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nósPagamos homens que pensam que ser humilhado não dóiO preconceito é uma coisa sem sentidoTire a burrice do peito e me dê ouvidosMe responda se você discriminariaO Juiz Lalau ou o PC FariasNão, você não faria isso nãoVocê aprendeu que preto é ladrãoMuitos negros roubam, mas muitos são roubadosE cuidado com esse branco aí parado do seu ladoPorque se ele passa fomeSabe como é:Ele rouba e mata um homemSeja você ou seja o PeléVocê e o Pelé morreriam igualEntão que morra o preconceito e viva a união racialQuero ver essa música você aprender e fazerA lavagem cerebralRacismo é burriceO racismo é burrice mas o mais burro não é o racistaÉ o que pensa que o racismo não existeO pior cego é o que não quer verE o racismo está dentro de vocêPorque o racista na verdade é um tremendo babacaQue assimila os preconceitos porque tem cabeça fracaE desde sempre não pára pra pensarNos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinarE de pai pra filho o racismo passaEm forma de piadas que teriam bem mais graçaSe não fossem o retrato da nossa ignorânciaTransmitindo a discriminação desde a infânciaE o que as crianças aprendem brincandoÉ nada mais nada menos do que a estupidez se propagandoNenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justificaNinguém explicaPrecisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança culturalTodo mundo que é racista não sabe a razãoEntão eu digo meu irmãoSeja do povão ou da "elite"Não participePois como eu já disse racismo é burriceComo eu já disse racismo é burriceRacismo é burriceE se você é mais um burro, não me leve a malÉ hora de fazer uma lavagem cerebralMas isso é compromisso seuEu nem vou me meterQuem vai lavar a sua mente não sou euÉ você.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Discriminação perpétua

O preconceito é um relativismo individual que resulta em conseqüências graves. As pessoas por acharem que são melhores começam a desmerecer as outras" Luciana Souza7 período de jornalismoÉ comum ouvir dizer que no Brasil já não existe mais racismo, preconceito ou discriminação. Ao mesmo tempo é impossível negar o alargamento das diferenças sociais e econômicas sofridas pela sociedade no decorrer dos séculos. Para entender estas diferenças é necessário voltar ao período de colonização do País, para perceber também, que há, através da história a perpetuação da discriminação. De acordo com a socióloga, Maria das Dores Silva, professora da Universidade de Uberaba, a sociedade contribui para que o preconceito seja voltado para os negros. Durante a colonização do Brasil, as terras foram tiradas do poder dos índios, que se viram obrigados a trabalhar. Como não se adaptaram bem, por recusarem a escravidão, foram substituídos pelos escravos africanos. Os negros foram arrancados de sua pátria e trazidos para as Américas - um continente desconhecido, onde não lhes ofereceram nenhuma vantagem. Mesmo depois da abolição, no dia 13 de maio de 1888, os negros não se libertaram. Data daí, de acordo com a socióloga o período da intensificação do preconceito."O conflito pessoal começa quando a raça branca faz algum tipo de comentário sobre o passado dos índios ou negros, por causa da escravidão", aponta Maria das Dores.É necessário também, na visão de Maria das Dores, recorrer a Biologia para que o racismo não seja analisado somente no campo ideológico. "Existe uma parte da ciência, também chamada de Racismo, que estuda a mensuração das espécies humanas. São comparados ossos de homens negros com os de brancos, amarelos e vermelhos, para indicar quais são as diferenças entre cada raça", explica. É exatamente essa mistura de raças que pode causar mudanças na sociedade. O Racismo ou Etnocentrismo, é a característica de um grupo racial que cria conflitos, tentando mostrar-se melhor que os outros. A Sociologia classifica o racismo como uma discriminação ideológica, na qual um grupo considera ter mais qualidades que o outro. "O preconceito é um relativismo individual que resulta em conseqüências graves. As pessoas por acharem que são melhores começam a desmerecer as outras", esclarece. Para a Psicólogia, o racismo pode gerar certos tipos de patologias nas pessoas discriminadas. A psicóloga Osimar Beatriz Tura, cuja experiência somam-se nove anos de atendimento clínico na cidade de Conquista/MG explicou que as pessoas, quando discriminadas, sofrem um certo isolamento podendo ter como consequência a violência. "Quando alguém está sendo inferiorizado, seja por causa de sua cor ou por sua crença, passa a desenvolver problemas psicológicos. Com isso fica doente ou até mesmo desenvolve um sentimento de raiva, tornando-se violento", exemplifica.
Leia também:

O QUE É RACISMO ?

Apesar de toda a modernidade vivida pelas sociedades atuais, infelizmente ainda é comum encontrarmos casos de preconceito e discriminação por causa de diferenças raciais. Nas teorias da lei e nas práticas do cotidiano, o racismo é uma atitude que deve ser abolida, mas ainda hoje, muita gente nem sabe o que é. Por isso, é bom esclarecer algumas dúvidas sobre o que é o RACISMO. Segundo a enciclopédia Wikipedia, o racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré-concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade.

Somos todos escravos

Em 1888 a princesa Isabel declarou que os negros não eram obrigados a trabalhar de graça e serem humilhados de todas as formas pelos brancos.Porém, hoje a realidade é que a escravidão está aí, não só para negros, mas para brancos, amarelos, vermelhos…e não há lei que a impeça. Ao contrário da escravidão dos negros, que era escancarada, esta é uma escravidão silenciosa, que quase não se percebe.Somos todos escravos. Queremos tomar um suco de laranja, mas a Coca Cola não deixa. Queremos sair e praticar um esporte, mas o Domingo Legal nos impede. Não adianta querer comprar um tênis simples: a sociedade, nossa terrível senhora, nos chicoteia com artistas famosos usando Nike.Você vai dizer que não é escravo? Pense bem. Será que nunca deixou de comer um pão com queijo para ir ao Mc´Donalds? E aquela caminhada que vocêÊ queria fazer no outro dia? Ah, é, mas tava passando novela.AH, vocêÊ é daqueles que pensam o contrário. Você que é o suserano, que chega numa festa com as roupas da última moda, das melhores grifes, e os vassalos são aqueles que se vestem como querem. Será que é você que tem que olhar com ar superior para eles?Existem pouquíssimas pessoas que não se deixam levar pelos valores que a sociedade atual prega. Se você é uma delas, parabéns. Agora, se vocêÊ já foi um escravo e conseguiu se libertar, mais parabéns ainda, porque isso é muito difícil. Pena que – aposto – as pessoas ao seu redor não são como você.E é uma pena que este toque que estamos dando não vai chegar a todos os que precisam. A grande maioria não lê,o Revelação. Afinal, é algo tão arcaico como assistir a programação da TV Cultura quando Casa dos Artistas e o Clone estão lutando pelo primeiro lugar no Ibope!